100%Imagines1D: Porque te amar é meu vício

Se isso não é amor

"Aí já era é hora de se entregar, o amor não espera só deixa o tempo passar, e fica pro coração a missão de avisar, e o meu tá dando sinal, e tá querendo te amar"

Jorge e Mateus >>> Aí já era

           O Harry chegou em seu carro, a dor não parecia ter fim, a cada momento que se passava, ela piorava. Harry abriu a porta de trás, com dificuldade comigo ainda em seu colo, que agora envolvia minhas mãos em seu pescoço, e me colocou com cuidado no banco, onde coloquei minhas pernas esticadas em cima do mesmo. Me veio uma enorme dor e não contive as lágrimas.

Eu: ai... tá doendo muito Harry. - eu falava com dificuldade, em meio a gemidos de dor. -
Harry: calma SeuNome, vai ficar tudo bem, confia em mim.

        Ele fechou a porta e não demorou para entrar no carro, rodar a chave, soltar o freio de mão, colocar a primeira e dá partida.
        Via os outros carros passando em segundos, o Harry estava correndo muito. Eu poderia dizer que não era pra tanto, só uma torção no pé, mas a dor era muito forte, a dor física mais forte que tive.

[...]
Estava em um quarto da maioria cor branca. O doutor já havia feito raios x do meu pé. A dor havia amenizado, não tinha parado totalmente, mas era menor, muito menor, por conta de um remédio que a enfermeira havia me dado. O Harry estava sentado em uma poltrona, de cor marron, que se encontrava ali. Ele as vezes me olhava, mas eu desviava meu olhar rapidamente do seu, ainda não esqueci o que aconteceu na praia.
[...]

-- você ta se sentindo melhor? Seu pé parou de doer? - olhei pra ele que acabara de levantar, ficando do meu lado, me olhando fixamente, enquanto eu tentava fugir de seu olhar. -
Eu: tô sim. O pé dói, mas agora menos. - falei cutucando uma pulseira em meu braço esquerdo, na intenção de não olhá-lo, porém eu percebia seu olhar ainda em mim. -
Harry: sobre o que acont... - não deixei ele terminar, o interrompendo. -
Eu: Harry... - fiz uma pausa respirando fundo. E tentando manter minha atenção na pulseira. - por favor, não quero falar sobre esse assunto. Não agora.
Harry: tudo bem. Vou respeitar. Mas eu quero que você saiba que nada que aconteceu ali foi significante pra mim, absolutamente nada, nada.
Eu: como assim, não foi significante? Você estava lá, estava se divertindo, sorrindo, distraindo, e paquerando. - não consegui ficar calada e ainda com minha atenção na pulseira, acabei por olhá-lo e falar o que me vinha no instante que se passava.-
Harry: não vou mentir que não estava tentando conquistar aquela garota. - fitei novamente minha pulseira. - Mas eu só estava tentando conquistá-la pra te esquecer.
Eu: o quê? - voltei a olhá-lo. - me esquecer? Por favor Harry, vamos ser honestos. Não precisa usar meu nome pra tentar pegar uma garota, você sabe que consegue fazer isso sem me usar.
Harry: garota teimosa. - falou rangendo os dentes. - só estou tentando te esquecer pelo fato de estar... - e antes que ele pudesse terminar a frase a porta se abriu e o doutor apareceu. O Harry se afastou um pouco de mim. -
Doutor: desculpe, atrapalhei algo? - perguntou ainda na porta. -
Harry: sim. - olhei o Harry o repreendendo e voltei minha atenção pro doutor. -
Eu: claro que não. Não liga pra ele. Não sabe o que fala.
Doutor: - pois bem... - se aproximou de mim. - vamos cuidar desse seu pé. -

[...]
   O doutor havia imobilizado o meu pé, agora estava com a famosa "botinha". Ele disse que não tinha sido nada grave, apenas uma torção leve, disse que a dor fazia parte. Agora me sinto muito melhor. Só que incomoda agora é esse gesso no meu pé, mas tirando isso estou ótima. Ele falou pra ficar com isso uns quinze dias, depois fosse num médico e pedisse pra ele tirar já que daquia quinze dias não estaria mais aqui.

Doutor: se cuida e não faça muitos esforços com seu pé esquerdo.
Eu: obrigada doutor. A dor que senti foi muito forte.
Doutor: também me impressionei ser tão forte se foi uma torção leve.
Harry: ihh doutor, relaxa. - chegou mais perto de nós dois. Eu agora estava sentada na cama. - a SeuNome é muito manhosa e dramática, esse é o verdadeiro problema. - o doutor acabou sorrindo, assim como o Harry. Eu apenas fiquei séria, de braços cruzados, olhando pros dois. Logo eles tiraram o sorriso ficando sérios. -
Doutor: humram... já vou indo, a senhorita está de alta, espero que se recupere bem. - falou e saiu do quarto. Eu continuei olhando séria pro Harry, com minhas mãos apoiadas na cama. -
Harry: que foi?
Eu: isso não teve graça. - falei extremamente brava, muito brava. -
Harry: own... sabia que você fica ainda mais linda assim, brava. - falou apertanto minhas bochechas. -
Eu: ha ha ha... - tirei sua mão do meu rosto. - isso não teve graça. -
Harry: mas que garota mais mal humorada, sabia que sorrir as vezes faz bem? - dei um sorriso falso e ele sorriu. - vai dizer que também não teve graça? - arqueei a sobrançelha. -
Eu: não, não teve um pingo de graça. Quero ir pro apartamento. Quero sair daqui.
Harry: manda quem pode, obedece quem tem juízo. - falou ficando do meu lado e pondo seu braço em minhas costas enquanto o outro ia pra debaixo das minhas pernas. -
Eu: o que você tá fazendo? - perguntei e ele não tirou sua mão do meu corpo e me levantou, me pondo no colo. -
Harry: vou te levar pra casa ué.
Eu: me põe no chão, posso andar sozinha.
Harry: você tá louca? Só pode!
Eu: não fala assim comigo!
Harry: não vou te pôr no chão, o médico acabou de dizer pra você evitar o máximo possível andar.
Eu: ele não falou isso.
Harry: mas foi o que entendi, é a mesma coisa.

Somente bufei e ele me tirou daquele quarto. Quando chegamos na recepção várias pessoas nos olhavam, pelo fato deu estar em seu colo. Envolvi meus braços no pescoço do Harry e afundei minha cabeça em seu peito, fechando os olhos. Senti o Harry sorrindo.

Eu: me tira daqui, por favor. - falei baixinho. -

Ele assentiu e permaneci com meus olhos fechados. O Harry voltou a andar e abri meus olhos quando senti que ele parou. Já estávamos no estacionamento. Ele abriu a porta da frente do passageiro com cuidado e me colocou no banco. Fechou a porta e logo entrou saindo daquele hospital.

Harry: será que agora podemos falar sobre o que aconteceu hoje?
Eu: falar o que? Não tem nada pra falar. - minha voz já estava ficando cansada assim como o meu corpo, assim como eu por inteira. Estava com muito sono. -
Harry: eu tenho muito pra falar, e ao mesmo tempo pouco. - peguei seu celular que estava perto ao volante, enquanto ele ainda dirigia, olhei a hora e já passava de meia noite. Coloquei o mesmo de volta. -
Eu: Harry... por favor. Você não precisa ficar tentando se explicar pelo ocorrido na praia.
Harry: mas eu sinto que preciso, sinto que se não me explicar... sinto que posso te perder.
Eu: como assim me perder?
Harry: você com certeza não quer mais nada comigo depois do que viu.
Eu: não é porque não vamos mais ficar juntos que... - ele me interrompeu. -
Harry: do que adianta estar perto de você se não vou poder te beijar?
Eu: deveria ter pensado nisso antes de fazer o que fez.
Harry: mas eu não fiz nada.
Eu: mas pensou, não pensou?
Harry: pra te esquecer.
Eu: como me esquecer Harry? Não faz nem uma semana que estamos juntos, que estamos casados.
Harry: eu sei, mas já sinto algo muito forte por você.
Eu: uma atração, eu já sei.
Harry: não é uma simples atração física, não é apenas sexo, nem muito menos prazer. - ele deu a volta numa esquina e encostou o carro me encarando. -
Eu: você tá me deixando com medo. Onde quer chegar com isso? - sua mão tocou a minha esquerda e à pegou levando a mesma até seu peito esquerdo. Sentia seu coração pulsando rapidamente. -
Harry: tá sentindo? Ele está assim por você.
Eu: Harry... não começa. - tirei minha mão de seu peito. - não fala mais nada, liga esse carro e vamos agora pra casa. - Eu estava com muito medo do que vinha pela frente. -
Harry: não dá SeuNome, eu preciso te falar. Sabe o que sinto quando chego perto de você? Isso que vou falar agora parece meio gay, mas... - dei um leve sorriso. - quando fico perto de você sinto minhas mãos suando, meu corpo se arrepia, meu coração aumenta os batimentos. Quando fico junto à você não sei o que dizer, não sei se o que eu falar irá te surpreender ou te impressionar, mas sinto uma vontade imensa de te beijar, eu poderia passar o resto da minha vida te beijando, cuidando de você, te fazendo carinho. - ele se aproximou mais de mim, eu não sabia o que falar, a não ser pedir pra ele parar. -
Eu: Harry... para.
Harry: SeuNome... - tocou em meu rosto. - eu... eu acho que estou ficando completamente... completamente apaixonado por você...
Eu: não fala isso Harry.
Harry: acho... acho que te amo, é... estou ficando apaixonado por você e não tem mais como impedir esse meu sentimento, não tenho como voltar atrás, e nem quero. Você me tira do chão, me completa, me entende, e me deixa louco. Se isso não é amor...

Sua respiração pesada se encontrava com a minha. Automaticamente fechei meus olhos e me deixei sentir seus lábios tocando no meu e iniciando um beijo. Um beijo que no começo foi lento, mas que aos poucos se tornou desesperado, pela necissadade de querermos muito, muito mais.